quarta-feira, 12 de novembro de 2014

O Boto


Gisele Ribeiro é encontrada em;
http://barcelosnanet.com/destaque-giro/a-lenda-do-
boto-encantado-2/
                             


Esta lenda tem sua origem no Norte. O Boto cor de rosa é um mamífero muito semelhante ao golfinho, que habita a bacia do rio Amazonas, e também pode ser encontrado em países, tais como: Bolívia, Equador, Colômbia e Venezuela. As diferenças básicas entre os dois são as seguintes: o golfinho vive no mar, e o boto vive em água doce, o golfinho tem cor acinzentada e o boto pode ser acinzentado, preto ou possuir cor avermelhada, sua história geralmente é contada para justificar uma gravidez fora de um casamentoReza a lenda que é quando o boto-cor-de-rosa sai do rio com um poder especial, transformando-se em um jovem elegante e belo, beberrão e bom dançarino, muito bem vestido trajando roupas, chapéu e calçados brancos, e um chapéu que é utilizado para ocultar um grande orifício no alto da cabeça, feito para o boto respirarEste desconhecido e atraente rapaz aparecia em festas juninas do Norte, quando são comemorados os aniversários de São João, Santo Antonio e São Pedro, a população ribeirinha da região amazônica celebra estas festas dançando quadrilha, soltando fogos de artifício, fazendo fogueiras e degustando alimentos típicos da regiãoEsse belo rapaz conquista com facilidade a mais bela e desacompanhada jovem que aparecer em  seu caminho e, em seguida, dança com ela a noite toda bebe muito, e a seduz  a guiando até o fundo do rio, onde, por vezes, a engravida e a abandona. Por isso, as jovens eram alertadas por mulheres mais velhas para terem cuidado com os galanteios de homens muito bonitos durante as festas, tudo pra evitar ser seduzida pelo infalível boto e a possibilidade de tornar-se, por exemplo, uma mãe solteira e, assim, virar motivo de fofocas. O boto cor-de-rosa é considerado amigo dos pescadores da região amazônica. De acordo com a lenda, ele ajuda os pescadores durante a pesca, além de conduzir em segurança as canoas durante tempestades. O boto também ajuda a salvar pessoas que estão se afogando, tirando-as do rio. A tradição amazônica diz que o boto carrega um espada presa ao seu cinto, mas que, no fim da madrugada, quando é chegada a hora de ele voltar ao leito do rio, é possível observar que todos seus acessórios são, na verdade, outros habitantes do rio. A espada é um poraquê (peixe-elétrico), o chapéu é uma arraia e, finalmente, o cinto e os sapatos são outros dois diferentes tipos de peixesÉ graças ao fato de que o Boto tem um grande orifício no alto da cabeça, feito para ele respirar que, durante as festividades de junho, quando aparece um rapaz usando chapéu, as pessoas lhe pedem para que ele o retire no intuito de se certificarem de que não é o boto que ali está.

Bárbara Pucci, Nina Coutinho, Mylena Cristina, Maria Fernada Lamas, Anna Carolina Marasco, Ana Beatriz Kiffer.


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