Gisele Ribeiro é encontrada em; http://barcelosnanet.com/destaque-giro/a-lenda-do- boto-encantado-2/ |
Esta lenda tem sua origem no Norte. O Boto cor de rosa é um mamífero muito semelhante ao golfinho, que habita a bacia do
rio Amazonas, e também pode ser encontrado em países, tais como: Bolívia,
Equador, Colômbia e Venezuela. As diferenças básicas entre os dois são as seguintes:
o golfinho vive no mar, e o boto vive em água doce,
o golfinho tem cor acinzentada e o boto pode ser acinzentado, preto ou possuir
cor avermelhada, sua história geralmente é contada para
justificar uma gravidez fora de
um casamento. Reza a lenda
que é quando o boto-cor-de-rosa sai do rio com um poder especial, transformando-se em um jovem elegante e belo,
beberrão e bom dançarino, muito bem vestido trajando roupas, chapéu e calçados
brancos, e um chapéu que é utilizado para ocultar um grande
orifício no alto da cabeça, feito para o boto respirar. Este desconhecido e atraente rapaz aparecia em festas juninas do Norte, quando são comemorados os
aniversários de São João, Santo Antonio e São Pedro, a população ribeirinha da região amazônica celebra estas festas
dançando quadrilha, soltando fogos de artifício, fazendo fogueiras e degustando
alimentos típicos da região. Esse belo rapaz conquista com facilidade
a mais bela e desacompanhada jovem que aparecer em seu caminho e, em seguida, dança com ela
a noite toda bebe muito, e a seduz a guiando até o fundo do rio, onde, por
vezes, a engravida e a abandona. Por isso, as jovens eram alertadas por
mulheres mais velhas para terem cuidado com os
galanteios de homens muito bonitos durante as festas, tudo pra evitar ser
seduzida pelo infalível boto e a possibilidade de tornar-se, por exemplo, uma
mãe solteira e, assim, virar motivo de fofocas. O boto cor-de-rosa é
considerado amigo dos pescadores da região amazônica. De acordo com a lenda,
ele ajuda os pescadores durante a pesca, além de conduzir em segurança as
canoas durante tempestades. O boto também ajuda a salvar pessoas que estão se
afogando, tirando-as do rio. A tradição amazônica diz que o boto carrega um espada presa ao seu cinto, mas que, no fim da madrugada, quando é chegada a hora de ele voltar
ao leito do rio, é possível observar que todos seus acessórios são, na verdade,
outros habitantes do rio. A espada é um poraquê (peixe-elétrico), o chapéu é
uma arraia e, finalmente, o cinto e os sapatos são outros dois diferentes tipos
de peixes. É graças ao fato de que o Boto tem um grande
orifício no alto da cabeça, feito para ele respirar que, durante as
festividades de junho, quando aparece um rapaz usando chapéu, as pessoas lhe
pedem para que ele o retire no intuito de se certificarem de que não é o boto
que ali está.
Bárbara Pucci, Nina Coutinho, Mylena Cristina, Maria Fernada Lamas, Anna Carolina Marasco, Ana Beatriz Kiffer.
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